Descrição

O presente objeto faz parte do Trabalho de Conclusão do Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia da Faculdade UNIJORGE. Compondo a disciplina Projeto Integrador com o objetivo de divulgar o “Jantar Gourmet”, em destaque a Chapada Diamantina e sua culinária.

Apresentar os pratos com inovação e tradição com base na culinária do século XXI com o olhar dos novos gastrônomos, ou melhor, gastrologo.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Finalmente o grande dia.

Desculpe pessoal, é que o corre, corre dos preparativos pro jantar e pra apresentação do projeto, não nós deixou tempo de falar com vocês, mais enfim o nosso jantar será amanha dia 30 de novembro, às 19h, no corredor da Vitória,  estamos nos preparativos finais. Que Deus esteja ao nosso lado e no nosso entender ja deu tudo certo...........vamos degustar o Palmas pra Chapada.....bjssssssss

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O Jarê - Religião Exclusiva da Chapada Diamantina.


O jarê é uma religião de matriz africana que existe somente na Chapada Diamantina. Segundo Ronaldo de Salles Senna, pesquisador lençoense pioneiro no estudo do jarê, esta religião teria inicialmente surgido nas cidades de Lençóis e Andaraí, como hábil elaboração das nagôs. Este é o nome pelo qual é conhecida na região a etnia à qual pertenciam as senhoras africanas escravas e alforriadas trazidas para a Chapada, bem como seus descendentes nascidos em solo brasileiro. As nagôs foram as responsáveis por mesclar diversas influências religiosas, como o catolicismo popular e práticas tradicionais ligadas ao curandeirismo, com fundamentos de candomblés banto e de caboclo, numa síntese particular da qual floresceu o jarê que perdurou na região.
As cerimônias no jarê são freqüentemente revestidas por um ar explicitamente festivo. As entidades homenageadas aniversariam junto com os filhos-de-santo, comida e bebida são distribuídas de modo farto, e o samba dos caboclos rompe madrugadas. De todo modo, as festas são também ocasiões religiosas de suma importância, e seu objetivo principal é preparar um espaço propício à incorporação dos adeptos por seus espíritos, ao som de atabaques e outros instrumentos percussivos. Como no candomblé, os caboclos e orixás dançam por meio dos corpos de seus filhos, chamados também simplesmente de matéria ou de aparelhos, canais que permitem a realização da possessão.
Quase todas as casas de culto de jarê existentes hoje em Lençóis descendem do Palácio de Ogum, santuário localizado próximo ao Rio Capivara e no qual reinou Pedro de Laura, amplamente considerado o maior curador de jarê dos últimos tempos. Após seu falecimento, em 1997, os responsáveis pelo templo continuam a realizar as principais celebrações religiosas anuais, atendendo a um pedido feito pelo próprio Pedro antes de sua desaparição. São elas as festas em homenagem a Oxalá, que acontece em agosto e faz parte das datas festivas da cidade, e a Iansã, em dezembro, além das cerimônias de fechamento e abertura da casa, próximas do início da quaresma e da Semana Santa.

domingo, 13 de novembro de 2011

RECEITAS COM PALMA


ü  Cortado de palma
Cortado, na realidade, é um ensopadinho. No caso da palma, usa-se a planta nova. Depois de limpa, é picada e aferventada com sal. Escorre-se e lava-se. Depois, a palma picadinha é refogada com temperos. O gosto assemelha-se a um ensopadinho de vagem. 

ü  Omelete de Palma
Pré-preparo:
Lava a palma (raquete), descasca com uma faca ou um descascador de batatas, corta da maneira que desejar e coloca em uma tigela com uma colher (sobremesa) de água sanitária (pra matar os microorganismos ali existentes)
Prepare a palma de acordo com o indicado no pré-preparo, em seguida, faça um refogado com a palma, tomate, a cebola e o tempero verde, reservando-o. Bata as claras em neve e acrescente as gemas, batendo novamente com as gemas, e acrescentando a maisena. Em uma frigideira bem quente, ponha o óleo e vá colocando os ovos batidos e o refogado.
Sirva com farofa, arroz e feijão.



ü  Torta Salgada de Palma
Prepare a palma de acordo com o indicado no pré-preparo, em seguida, tempere a carne moída/frango com alho e sal, acrescentando todos os temperos verdes, refogando-a e deixando-a cozinhar até ficar macia. Só então junte a palma. Bata no liquidificador o leite, os ovos, o queijo e o trigo, obtendo um creme. Em uma forma untada, coloque a carne com a palma, misture o creme, polvilhe o queijo ralado e leve tudo ao forno quente.
Sirva pura ou com arroz e feijão.

ü  Refogado de palma:
Prepare a palma de acordo com o indicado no pré-preparo, em seguida. Corte bem picadinho tomate, pimentão, coentro e cebolinho. Em uma panela, refogue com o óleo e a cebola e acrescente a palma os outros temperos verdes e o caldo de carne, com um pouco de água e sal agosto e deixe no forno por 10 minutos ou até que fique com pouco caldo. Sirva quente.

ü  Farofa de Palma
Prepare a palma de acordo com o indicado no pré-preparo, em seguida. Em uma panela frite a cebola no óleo, juntamente com a carne de charque e a palma. Por último, acrescente a farinha de mandioca e mexa com uma colher de pau até uniformiza.
Sirva com carne, frango ou outros assados.

ü  Bolinho de palma com carne moída
Prepare a palma de acordo com o indicado no pré-preparo, em seguida. Prepare a carne moída e a palma com alho, sal e todos os temperos verdes picados, deixando cozinhar bem até secar, vagarosamente o leite, a água e a farinha de trigo, sem deixa embolar, até soltar do fundo da panela, ficando uma massa homogênea e macia. Deixe esfriar. Forme os bolinhos ou dê a forma de croquetes, passando no ligeiramente batido e na farinha de rosca. Frite-os e sirva-os com maionese ou outros molhos. Porem ser congelado em vasilhame de plástico, separados por filme plástico

ü  Coxinha de Palma com frango
Prepare a palma de acordo com o indicado no pré-preparo.
Recheio: refogue o peito com temperos a gosto, cozinhando-o (reserve o caldo) e desfiando-o. Junte a palma com o frango desfiado.
Massa: bata no liquidificador o caldo do peito, o tablete de caldo de frango, a gema a cebola, a margarina e o leite, deixar ferver. Acrescente a farinha de trigo e mexa até desgrudar da panela.
Coxinha: faça as coxinhas, adicione a recheio e passe-as nas claras batidas e na farinha de rosca. Em seguida frite-as.

ü  Panqueca de Palma
Prepare a palma de acordo com o indicado no pré-preparo.
Massa: bata no liquidificador o leite, os ovos, o trigo e o sal, até obter uma mistura aos poucos. Reserve.
Molho: refogue óleo, cebola, tomate e deixe apurar por uns minutos. Em seguida, enrole as panquecas como o recheio, arrumando-as em um refratário para depois colocar o molho (quente) em cima.
Recheio: refogue óleo, cebola, tomate, carne, coentro, cebolinho e sal misturando a palma.

ü  Pizza de Palma
Prepare a palma de acordo com o indicado no pré-preparo. Cubra a pizza já assada com o queijo e o broto de palma (raquetes). Por último, distribua rodelas de tomates e orégano sobre ela. Leve novamente ao forno até que o queijo esteja derretido

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Cozinha da chapada ou pode-se dizer Cozinha de Garimpo

Olá quanto tempo, mais quem é vivo sempre aparece né?? ahuauh
Brincadeirinhas a parte, tenho boas novas para todos vocês, nosso projeto esta chegando ao fim então temos que acelerar os nossos passos. Com a ajuda de um anjinho com toda paciência e perfeição, já já sai nosso Guia culinário da palma ( próximo poste vocês conhecem, está muitoo lindoo), bom vamos parar de enrrolação né??

Vamos falar neste poste sobre as riquezas naturais e a culinária da Chapada Diamantina, que estamos amando conhecer e saborear. 

Bom, a Chapada a séculos atrás, foi uma importante região de extração de diamantes, ela esta situada no centro do estado da Bahia, hoje esses diamantes foram substituídos por quem quer presenciar algumas das maiores maravilhas naturais do mundo. Um lugar sem igual, um encanto com cenários só visto mesmo por lá, que pode levar a uma grande viagem no centro de se mesmo . 

A Chapada é magica,  graças à sua diversidade geográfica e cultural magnifica, coisa que só Deus pra explicar, mostrando ao visitante o sertão, a caatinga, montanhas enormes, cachoeiras cristalinas e uma Culinária regional rica e com um sabor do garimpo. Uma nova tendência na cozinha lençoense (o portal de entrada da Chapada) é tratar de modo ousado os produtos usados nas mesas do século 18 ou onde comessem os garimpeiros.

O garimpeiro tinha uma culinária toda especial e é na pequenina e linda cidade de Lençóis, que ainda se encontra o que restou daquela cozinha toda especial:

Godó de Banana

Carne do Sol com banana

Cortado de Palma



Pirão de Parida


Isso sem falar na batata da serra: 


Um tipo de tubérculo que, segundo me garantiram, só nasce lá, no alto da serra, livre leve e solta, sem ser cultivada ( o mais incrível). Os poucos garimpeiros que ainda restam por ali, que se encarregaram de levar a estranha batata para os restaurantes da região.  A batata é comida crua, em saladas, e até como sobremesa, acompanhando o doce de banana feito na região. É praticamente água pura e, além de servir de sustento para os garimpeiros, hidratava o pessoal. O gosto é muito parecido com a de uma melancia salgada, bem interessante e bastante exótica.


Vale a pena conhecer a simplicidade e tranquilidade, de um lugar lindo e aconchegante, de uma culinária rica e saborosa. Essa é a Chapada Diamantina que estou amando desbravar.

Aguardem os próximos capítulos, Amanhã vamos testar o nosso prato mais uma vez!!! Postaremos fotos ( não oficiais é claro)...hauhauh 

Bjsss

Deus abençoe a todosss!!!!



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O SONHO SAINDO DO FORNO.........HAHAHA

Hoje estamos muito felizes, pois amanha vamos fazer o primeiro ensaio fotográfico para os convites da formatura. Gente é real vamos nos formar, passou tão rápido que parece que foi ontem que estávamos fazendo as apresentações de inicio de curso..........meu nome é Edinalva Monteiro, entrei no curso de gastronomia para aprender a harmonizar vinhos com os pratos que preparo, não pretendo ser chef mas sim gestora...........bla,bla,bla..............e assim sucessivamente com os outros colegas.
Enfim, apesar das diferenças, das brigas e dos sacrifícios que não foram poucos, estamos chegando à reta final, com um sabor de vitória, de dever cumprido, de amizades adquiridas e principalmente de satisfação pessoal.  Hoje estamos realmente felizes, pois se tornou real o que tínhamos sonhado.
“Felizes são aqueles que sonham e lutam para se tornar real, por que sonhar é empreender.”

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Festas Tradicionais

Como toda a Bahia, a Chapada Diamantina é detentora de manifestações culturais singulares, que contagia quem a visita, pelos matizes carregados de misticismo, tradição e axé, presentes em seu povo humilde, nos hábitos rotineiros e simples que dão a impressão de estarem sempre em harmonia. O sincretismo é a prática que marca a religiosidade dos locais. A festa de Senhor dos Passos é a principal de Lençóis e acontece desde meados do século XIX. Dura quase um mês, entre 23 de janeiro e 3 de fevereiro.
No calendário de festas populares, destacam-se três festas: O Terno de Reis, A Marujada e o São João. O Terno de Reis é a festa em que se encerra o ciclo do Natal, onde os reiseiros (chefes) tocam instrumentos regionais como a zabumba, duas caixas, surdo, gaitas e flautas e vestem-se com a toalha, um pano branco bordado, dobrado no sentido do comprimento cruzado no peito; chapéu de palha enfeitado com fitas coloridas, bolas de Natal, espelhos, penas de aves e enfeites de papel. Desde o primeiro dia de janeiro, o Terno de Reis sai pelas ruas de casa em casa pedindo doações para a festa. No dia 6 de janeiro é rezada uma ladainha na igreja e depois todos continuam pelas ruas para dar fim à festa com o “dando de comer”[1], que são as comidas e bebidas arrecadadas e depois distribuídas a todos.


[1] Momento da festa de Terno de Reis em que se oferece um banquete aberto a quem queira participar. (GONÇALVES, Maria. Salete P. Garimpo).

A PALMA E SUA UTILIDADE NA CULINÁRIA

Estudos sobre os componentes nutricionais da palma forrageira indicam se tratar de um vegetal mais nutritivo do que os comumente encontrados na culinária vegetariana, como a couve, a beterraba e a banana, com a vantagem de ter baixo custo, sem pesar no orçamento das populações mais carentes. Vale reforçar que em países como o México, Estados Unidos e Japão este vegetal é um alimento nobre, tradicionalmente servido em restaurantes e hotéis de luxo, em preparos como sucos, saladas, pratos guisados, cozidos e doces.
Hoje, esses preparos recebem toques sofisticados da alta gastronomia, em pratos e bebidas saborosos e nutritivos. Principalmente, porque a palma forrageira passou a ser vista como uma das possibilidades de combater a fome e a desnutrição, tão presentes no semi-árido nordestino. Inclui o fato desta planta ser aliada nos tratamentos de saúde (é rica em vitaminas e  minerais, contendo 17 tipos de aminoácidos).
No Brasil, o preconceito impede o consumo humano da palma em maior escala, sobretudo pelo nordestino que vive no campo. Este aceita, no máximo, a planta para ração animal, informa o engenheiro agrônomo, chefe do departamento técnico da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, Jorge Prado, um dos maiores difusores da palma na região[1].
No Ceará, a palma como alternativa alimentar é difundida por engenheiros agrônomos como Jorge Prado e Paulo Suassuna. Seu uso na culinária regional só precisa vencer o preconceito.

Em Lençóis, na Chapada Diamantina, o cacto ganhou uma segunda opção, a de fazer parte dos ingredientes de uma pizza[2] (anexo 03). A presença da palma na gastronomia local foi difundida por meio dos garimpeiros, que tinham dificuldade de conseguir alimentos durante o período de mineração, nos acampamentos montados em grutas de pedra.
“Alguns até usavam o mandacaru, o xique-xique e o cabeça-de-frade como opções para comer”, disse o pizzaiolo Renato Cesar Nicotera, dono da Oxente Menina Pizza na Pedra, em Lençóis.
Segundo ele, a palma é fonte de fibras, vitamina A, ferro e cálcio. “Aqui na região, palma é coisa fácil de se achar. Ela já vem picada e ensacada nas feiras e nos restaurantes de comida típica. Costuma ser um bom acompanhamento para outros pratos. Sempre gostei de usar ingredientes locais até por uma questão de sustentabilidade.”


[1] Rose Mary Bezerra- viva diário do nordeste - Publicado em 27 de junho de 2010. 
[2] Glauco Araújo - Do G1,publicado em 06 de julho de 2009.